quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

''Le Figaro'' já cobra por conteúdo online

As pessoas não irão pagar por conteúdo / notícias, agora agregar outros recursos é mais interessante e pode valer a pena.

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O Le Figaro, o jornal de maior tiragem da França, reformulou seu site e passou a cobrar pelo acesso de parte de seu conteúdo, tendência em andamento na imprensa do país. O acesso a "toda informação em tempo real" continua gratuito, informou o jornal. Mas pagando 8 por mês o internauta pode acessar a opção "Mon Figaro Select", que oferece ao leitor "recursos para ele ir à frente na compreensão da atualidade e discuti-la".


Especificamente, essa seção inclui informações multimídia que aprofundam certos assuntos, um espaço para a publicação de artigos sobre os temas favoritos do assinante - que podem ser destacados pela redação - e algumas vantagens comerciais em serviços.

Já o "Mon Figaro Business", que custa 15 ao mês, dá acesso a "conteúdos e serviços destinados a facilitar a vida profissional". Isso inclui, em primeiro lugar, uma base de dados "exclusiva", com fichas biográficas dos principais diretores das grandes empresas francesas e o organograma dessas companhias.

Além da base de dados, a cada semana são adicionados textos sobre temas econômicos e, diariamente, de manhã ou à tarde, são publicados resumos de bolsas como as de Wall Street, Xangai e Paris. Fora isso, é oferecida uma série de "vantagens para facilitar a vida no escritório e depois" do trabalho, como um "conciérge particular" para reservas de restaurantes, hotéis ou espetáculos, ou um motor de busca para licitações em áreas de interesse.

"NEW YORK TIMES"

A cobrança pelo conteúdo dos jornais na internet é uma tendência que vem sendo observada nos últimos tempos. O jornal americano The New York Times já anunciou que vai começar a cobrar, a partir de 2011, o acesso a parte do conteúdo online. Rupert Murdoch, dono da News Corp., grupo ao qual pertence o Wall Street Journal, é defensor ferrenho da cobrança. Para ele, os usuários da internet pagarão pelo conteúdo e terão a maior satisfação em gastar "pela informação, porque precisam dela para ascender socialmente".

O Wall Street Journal já cobra tarifas dos leitores e tem um milhão de assinantes. "Não hesitaremos em gastar para aplicar esse modelo a todas as nossas organizações de notícias, como o Times de Londres. No Times, há jornalistas que investiram dias e semanas em seus artigos, e nossos clientes são suficientemente inteligentes para saber que não poderão ter acesso a algo se não pagarem por ele", disse Murdoch num debate da Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC) sobre o futuro do jornalismo na era da internet.

Mas essa visão não é compartilhada por todos. Alan Rusbridger, editor do britânico The Guardian, afirma que a cobrança seria uma péssima ideia para seu jornal, que tem se beneficiado do livre intercâmbio de ideias na rede, e também para a sua empresa, que espera converter o crescimento da sua tiragem em receitas de publicidade.

link:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100217/not_imp512125,0.php

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Película fina transforma qualquer tela em touchscreen

Fazer com que seu monitor se torne uma tela sensível ao toque vai ser muito simples em breve: a empresa portuguesa Displax desenvolveu uma película fina que é capaz de transformar telas de diversas tecnologias --incluindo e-Ink, OLED e LCD-- em touchscreen.
"É extremamente poderoso, preciso e versátil", diz Miguel Fonseca, diretor de negócios da Displax. "Você pode usar nosso filme com qualquer tela."
De acordo com o site da revista
Wired, a tecnologia sensível ao toque se tornou uma forma como interagimos com nossos dispositivos e aparelhos. A tendência é que aparatos como o mouse, teclado e demais botões físicos sejam eliminados.
Os filmes da Displax variam entre 3 e 120 polegadas. Em uma superfície de 50 polegadas, a película detecta até 16 dedos. A capacidade de resposta táctil também é grande, afirma Fonseca. As vendas do filme devem começar em julho.
"Se a Displax pode fazer isso em telas maiores, realmente será uma das primeiras companhias a fazer o que chamamos de multitoque maciço", diz Daniel Wigdor, arquiteto de experiência do usuário na Microsoft, cujo enfoque de trabalho se concentra em computação gestual e multitoque.
"Se você observar a tecnologia existente em telas grandes, vai ver que eles usam uma câmera infravermelha que sente apenas dois a quatro pontos de contato. A Displax nos leva ao próximo passo", declarou.
As últimas tecnologias da Displax trabalham com superfícies opacas e transparentes. A película tem uma transparência de 98% (trata-se de uma medida da quantidade de luz refletida pela superfície). "É uma taxa de transmissão bastante decente", disse Wigdor.
Uma grade de nanofios é incorporada na película fina do filme de polímero, cuja espessura é de 100 microns, ou 100 milésimos de milímetro. Um dedo ou dois posicionados na tela causam um distúrbio elétrico.
O microcontrole analisa isto, e decodifica o local tocado na grade de nanofios. A película é acompanhada de driver e painel de controle para configuração.

link:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u688462.shtml

A crise dos jornais no Japão

A redução de tiragem é global, claro que com certas ações tentam incentivar os jovens a ler o jornal, mas não tem jeito, não há como deter isso.
O jornal online tem links relacionados, tem opiniões e o impresso não. Claro que em muitos casos o impresso tem mais imagens, mas isso deve mudar em breve.

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O Japão é apontado muitas vezes como um país imune à crise do jornal impresso. A Economist (em inglês) desta semana mostra que não é bem assim: a situação é bem pior do que pode parecer à primeira vista. As tiragens ainda são enormes – o Yomiuri Shimbun vende 10 milhões de exemplares diários matinais e 3,6 milhões vespertinas (mais do que todos os jornais brasileiros somados). A circulação dos jornais japoneses caiu somente 6,3% na última década. Pouco, levando-se em conta que a queda foi de 10,6% nos Estados Unidos durante o último ano.
Mas, como acontece aqui e em qualquer lugar, os jovens leem cada vez menos jornais. Isso já teve impacto na publicidade. No ano fiscal 2008-2009, os jornais japoneses faturaram 565,5 bilhões de ienes (US$ 6,2 bilhões), comparados a 858,4 bilhões de ienes em 1998. Segundo a revista britânica:
“Os donos de jornais esperam reverter algumas dessas tendências. Eles estão oferecendo jornais em escolas, na esperança de que as crianças se acostumem a lê-los. As universidades pedem que os estudantes analisem matérias de jornal como parte de seu exame de admissão. Talvez isso funcione. O mais provável, no entanto, é que a saúde dos jornais comece a declinar – mais lentamente do que em outros países, talvez, mas as notícias são igualmente ruins.”


link:
http://blogs.estadao.com.br/renato-cruz/a-crise-do-jornais-no-japao/

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cai a circulação dos jornais brasileiros

Em 2008, a circulação dos jornais havia subido, como escrevi nesse blog.
Agora (fevereiro de 2010) saiu a notícia que a circulação caiu. Todo mundo estava sentindo isso, as pessoas compram menos jornais, há mais jornais de qualidade com distribuição gratuita toda manhã em SP e, claro, a comodidade de ler notícias na internet e sem custo (por enquanto).
Segue a notícia e tirem suas conclusões.

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Caiu 6,9% a circulação somada dos 20 maiores jornais diários brasileiros em 2009. Apenas seis conseguiram melhorar seus desempenhos de acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). São eles: Daqui (31%), Expresso da Informação (15,7%), Lance (10%), Correio Braziliense (6,7%), Agora São Paulo (4,8%) e Zero Hora (2%). Mantiveram-se estáveis Correio do Povo, A Tribuna e Valor Econômico, que encerraram o ano passado com circulações bem próximas às do fechamento de 2008.

Onze títulos viram seus números encolherem durante 2009. Os dois que mais caíram foram os do Grupo O Dia, do Rio de Janeiro: O Dia (-31,7%) e Meia Hora (-19,8%). Também tiveram quedas Diário de S. Paulo (-18,6%), Jornal da Tarde (-17,6%), Extra (-13,7%), O Estado de S. Paulo (-13,5%), Diário Gaúcho (-12%), O Globo (-8,6%), Folha de S. Paulo (-5%), Super Notícia (-4,5) e Estado de Minas (-2%).

Não houve alterações significativas nas posições do ranking, a não ser a evolução contínua de títulos populares como o Dez Minutos, de Manaus, que estreia na 17ª posição, com média diária de 60 mil exemplares - não considerados na conta de queda de 6,9%, pois foi lançado no final do ano passado.

A liderança continua com a Folha de S. Paulo (média diária de 295 mil exemplares), seguida por Super Notícia (289 mil), O Globo (257 mil) e Extra (248 mil). Em quinto lugar está O Estado de S. Paulo (213 mil), à frente do Meia Hora (186 mil) e dos gaúchos Zero Hora (183 mil), Correio do Povo (155 mil) e Diário Gaúcho (147 mil). O top 10 se completa com o Lance (125 mil).

A informação é da coluna Em Pauta, publicada na edição 1394 de Meio & Mensagem, que circula com data de 1º de Fevereiro de 2010.

link: http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Cai_a_circulacao_dos_jornais_brasileiros&origem=mmbymail&token=7458394722141042126302